segunda-feira, agosto 21, 2006

Musa


Coisa mais linda
Ainda que não seja só isso
Compromisso que não é obrigação
Paixão, que não se deixa abrasar
Abraçar as vezes é tão pouco
Rouco fico a clamar:
coisa mais linda
mais linda














Ainda que este não seja o resumo
Seu sumo, ainda sinto o gosto
Imposto que não me furto a pagar
A brilhar ela chega a ofuscar a vista
Cientista, seu trabalho é racional
Natural que eu fique a bradar:
coisa mais linda
mais linda










Ainda que do iceberg essa seja a ponta
Aponta e guia meu caminho
Sozinho já não estou a remar
O mar agora é raso e sereno
Pequeno eu era antes dela












Ela me criou novo mundo e num frêmito
Meu primogênito, que quando eu penso
Intenso fico a exaltar
Coisa mais linda
Mais linda













Ainda que seja muito mais bacana
Fabiana!

terça-feira, agosto 15, 2006

Dia dos Pais

É certo que o jovem ainda sequer nascido vai proporcionar-me infinitas alegrias, mas o guri é tão bom que já começou provendo-me com bônus. Inda nem nasceu, e já me proporcionou um dia dos pais.
Coisa louca. Eu, que até pouco tempo atrás ainda esperava por um hotwheels no dia das crianças, já hei de ser pai. Responsa. Grande.
É a vida, a roda rodando infinitamente, geração a geração a geração a geração.

Meu avô era Belizário. Gaúcho, grosso, teve filhos depois dos 70 anos, dizem. Agricultor, morreu pobre como sempre fora.

Meu pai era Acari. Gaúcho, grosso, militar. Morreu cedo demais, antes de conhecer qualquer neto.

Meus irmãos são Ubiratan e João. Gaúchos. Gremistas, e apesar disso, excelentes.

Meu filho vai ser Pedro.
E vai continuar a escrever a saga dos Fontouras machos. E fez o segundo domingo de agosto voltar, depois de muito tempo, a ter algum significado para mim. O filho torna-se o pai.

É, é esse mesmo. É o meu guri.

domingo, agosto 13, 2006

Isso fica uma delícia com bolachas